Depois de migrar para uma rede em nuvem, você fez alguma mudança significativa no modo como a sua TI lida com a segurança e o compliance? Muitos gestores tecnológicos tentam manter conceitos antigos para uma nova forma de lidar com seus dados, o que gera brechas de segurança, desperdício de recursos e ainda sobrecarrega a equipe.
Para esclarecer algumas dúvidas sobre esse assunto, vamos apresentar os 7 princípios de segurança nessa rede de armazenamento. Confira!
Quais são os princípios de segurança de uma rede em nuvem?
A tecnologia evolui constantemente e a segurança é primordial. A cada dia surgem novas informações, novos softwares e novas soluções que buscam melhorar o desempenho de atividades nas mais variadas áreas. Um exemplo disso é a computação em nuvem, que vem transformando o meio empresarial.
Essas inovações acabam exigindo também alguns cuidados por parte das empresas. Nesse sentido, existem elementos fundamentais de segurança em uma rede em nuvem para garantir produtividade, eficiência, otimização de processos e proteção de informações sensíveis. Veja a seguir:
1. Acesso privilegiado de usuários
A sensibilidade de dados confidenciais nas empresas obriga o gestor de TI a ter um controle maior sobre o acesso dos usuários. Na nuvem, esse processo é feito por meio de softwares de gestão que monitoram a rede e geram logs com credenciais, visualização e histórico de edição de arquivos para a identificação de qualquer anomalia.
O privilégio de administrador, principalmente, precisa ser cedido e monitorado com atenção exclusiva do líder responsável pelo sistema, pois é no mau uso desse tipo de credencial que estão as brechas mais graves de segurança.
2. Compliance com regulamentação
A própria empresa é responsável pela segurança e integridade de seus dados, uma responsabilidade que deve partir do gestor de TI. Boa parte dessa proteção não está nas ferramentas ou na estrutura contratada, mas na forma como os próprios funcionários lidam com informações confidenciais e sensíveis.
É importante que o compliance seja regulamentado, cumprido e cobrado pela TI para que não surjam brechas de segurança muito difíceis de serem solucionadas — aquelas causadas por engenharia social, quando o próprio usuário permite que um código malicioso seja instalado dentro da rede.
3. Localização dos dados na rede em nuvem
Poucas empresas se preocupam com a localização dos servidores que o provedor fornece, o que pode gerar no futuro problemas de desempenho ou até legais. O gestor de TI deve cobrar do provedor de nuvem o comprometimento de armazenar e processar dados sob uma legislação específica — de preferência no próprio país onde sua empresa está sediada.
Um bom fornecedor de estrutura de cloud computing terá essas informações em contrato, assumindo um compromisso de obedecer às leis vigentes em todas as jurisdições envolvidas e dando ao cliente ferramentas para essa verificação.
4. Segregação de dados
É comum que uma empresa divida um ambiente com dados de diversos clientes. Por isso, é importante pesquisar sobre a forma como o provedor isola dados dentro de sua estrutura e o tipo de criptografiautilizado.
Todas essas informações devem ser fornecidas pelo CSP (Cloud Service Provider) antes da contratação e cabe ao responsável pela TI estudar e entender como a estrutura funciona, bem como suas implicações antes de assinar um contrato.
5. Recuperação dos dados
O fornecedor em cloud deve garantir junto ao cliente a localização dos seus dados, suas rotinas de backupe ser transparente no caso de catástrofes para uma atuação imediata.
Assim, é fundamental ter um plano de recuperação completo e um tempo estimado para isso, de ambos os lados. Geralmente, isso é feito por meio de um SLA (Service Level Agreement) de recuperação detalhado em contrato, citando responsabilidades e processos que devem ser colocados em prática no caso de um desastre.
Reforçamos também que o fornecimento de nuvem é, no fim, uma verdadeira parceria. Só com um serviço de qualidade entregue pela provedora somado a uma boa implementação e compliance na sua ponta é possível garantir um sistema confiável e robusto.
6. Apoio à investigação
Outro ponto crucial é que a sua empresa e a provedora de nuvem contratada tenham, mediante contrato, um compromisso de seguir as definições legais do país em que a estrutura é mantida e utilizada, além de papéis e processos pré-definidos para atuação diante de uma auditoria.
Aqui, mais uma vez, se mostra a importância do compliance. Quando sua empresa tem contratos transparentes e termos de uso claros em relação a como todos os funcionários vão utilizar a estrutura, não há o que temer em caso de auditorias e outros tipos de investigações legais.
7. Viabilidade em longo prazo
Mesmo que o provedor seja uma empresa grande e consolidada no mercado, ela ainda é passível de problemas e alterações na economia que dificultem sua entrega ou tornem seu serviço menos atraente para a sua empresa como cliente de nuvem. Por isso, o contrato entre as duas partes deve garantir que esses dados armazenados estarão disponíveis para serem recuperados e transferidos caso você deseje uma migração.
O ideal é que isso esteja definido desde a assinatura de contrato e que haja um plano bem detalhado de recuperação de dados, se esse for o caso. De sua parte como gestor de TI, é bom também sempre ficar de olho em opções que possam substituir sua estrutura local por modelos mais vantajosos e investir em portabilidade dos seus dados para uma mudança mais rápida e sem sustos.
Por que é essencial analisar a segurança de uma rede em nuvem?
A computação em nuvem permite o arquivamento e o acesso de dados e programas de diferentes dispositivos e locais com acesso à internet. Tudo para facilitar rotinas e agilizar processos. Mas, se de um lado essa prática não para de evoluir, de outro, a ação de hackers também não para de aumentar.
A ação de usuários mal-intencionados, cada vez mais habilidosos e ágeis em burlar os sistemas e roubar ou danificar informações, tem sido frequente. Portanto, a segurança desse meio continua sendo uma das principais preocupações; tanto de quem oferece o serviço como de quem pretende contratá-lo.
Para ter uma empresa mais confiável e eficiente, é crucial fazer um planejamento para blindar a sua rede. Comece por uma análise de segurança, levantando problemas e necessidades do seu sistema e quais ferramentas ou ações de correção são importantes para alcançar um novo patamar de segurança da informação no negócio.
Com uma boa estrutura e profissionais focados em proteger dados sensíveis, fica muito mais fácil garantir o compliance e, consequentemente, toda a robustez tecnológica da empresa.
Enfim, é imprescindível considerar esses princípios de segurança de rede em nuvem antes de contratar um serviço. Se você ainda tem dúvidas sobre o assunto ou gostaria de acrescentar algum princípio que não citamos, compartilhe com a gente nos comentários!